Mostrando entradas con la etiqueta Antonio Lobo Antunes. Mostrar todas las entradas
Mostrando entradas con la etiqueta Antonio Lobo Antunes. Mostrar todas las entradas

jueves, 31 de agosto de 2017

O ESPLENDOR DE PORTUGAL


El libro de hoy es, sin duda, uno de los mejores que he leído en mi vida, de uno de los mejores escritores vivos que conozco. Antonio Lobo Antunes es un genio de la literatura y los sentimientos, conoce y sufre a su país como sólo un portugués puede hacerlo, nos lo relata como sólo un genio sabe hacerlo.
Si mi opinión no les convence, lean esta reseña y luego lean a Lobo
Yo he leído la novela en portugués, pero les ofrezco la sinopsis de la edición española (Siruela) y de la edición portuguesa (Dom Quixote), les aconsejo leerla en su lengua original, pero cada uno elegirá la que convenga.

Sinopsis (Ed. Siruela)
Habían pasado quince años desde que Ruy, Clarisse y Carlos regresaron a Portugal dejando a Isilda, su madre, aferrada a su hacienda. Supervivientes de una rica familia de colonos portugueses, hundidos en vidas groseras y obsesionados por las miserias que compartieron en el pasado - al mismo tiempo, causa de separación y su único nexo-, desde que abandonaron África los tres hermanos esperan, como Estragon y Vladimir esperaban a Godot, una reunión que nunca se produce.
Sinopsis (Ed. Dom Quixote)
O romance O Esplendor de Portugal (1997), do escritor português António Lobo Antunes, tem como foco a dissolução de uma família no contexto do pós-independência de Angola. Assim como em outras obras do autor, como Os cus de Judas, Fado Alexandrino e As naus, entre outros, o romance em questão tem como cenário o país do continente africano e suas recentes guerras. No entanto, em O esplendor de Portugal, o continente não é somente um lugar de passagem, mas também um lugar de origem, origem de uma família de portugueses nascidos em solo angolano. O romance abrange os anos de 1978 a 1995, período de guerra civil em Angola (1975-2002), e a dissolução dessa família que envia os três filhos, Carlos, Rui e Clarisse, para Portugal, na tentativa de fugir dos horrores da guerra. A dura viagem, o retorno à antiga metrópole, é narrado por Clarisse.

O Esplendor de Portugal (fragmento)

Catorze dias ao léu na coberta do navio sem toaletes nem espaço para nos deitarmos, sopas e feijões ao meio-dia e à noite, um balde para as necessidades vertido borda fora alegrando os golfinhos, as hélices remexendo-nos a comida no estômago, inclusive na piscina, inclusive nos salva-vidas viajavam pessoas, sacos, baús, malas, um piano despedaçado, periquitos, Luanda a apequenar-se aos pulos até os coqueiros da ilha se evaporarem, já não sobrava nada da África.